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Perdão e restauração através do o amor fraternal


“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3:23).
Não há como uma igreja crescer se não houver união entre seus membros. A igreja primitiva crescia porque havia unidade entre os primeiros cristãos (At 2:46,47). E para que haja união entre os membros do corpo de Cristo, todos precisam estar em plena comunhão e para isso a igreja precisa exercer o perdão visto que Deus, em Cristo Jesus nos há perdoado de todo o pecado.
No livro "Discipulado", Dietrich Bonhoeffer, faz a seguinte colocação sobre o perdão que deve ser exercido na igreja:
“Perdoando-se mutuamente em amor fraternal, os discípulos criam espaço para o perdão de Cristo em sua comunhão. Já não veem no outro a pessoa que os ofendeu, mas aquele para quem Cristo conquistou o perdão na cruz. Tratam uns aos outros como os que foram santificados pela cruz de Jesus. Sob essa cruz, seu pensamento, sua palavra, seu corpo são santificados através do morrer diário. Sob essa cruz cresce o fruto da santificação.”

Perdoar significa usar de misericórdia para com o próximo, porém, de forma algumas podemos confundir condescendência e deferência para o pecado. No livro “O amor em ação”, a escritora Cenati, faz referencia a isso:
“Como vemos em Jo.8.1-11, a lei mosaica mandava que as mulheres adulteras fossem apedrejadas. No entanto, a atitude de Jesus diante da mulher adúltera não foi a condenação, mas o amor e perdão. Jesus, não aprovou o erro da mulher, mas aceitou-a como um ser humano necessitado de sua graça, do seu amor e do seu perdão. Jesus perdoou a mulher adúltera e disse-lhe: Vai, não peques mais.”
A necessidade do perdão foi assunto do evangelho de Lucas quando Jesus instruía seus discípulos:
“Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe.” (Lc 17:3,4)
Deus liberta o pecador perdoado de sua dívida (Rm 4:7,8), porem, cada sofrerá as consequências de sua própria transgressão:
“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai levará a iniquidade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.” (Ez 18:4,20)
Cada um de nós colhe os resultados daquilo que plantamos. Por isso afirmam as Escrituras:
“Não vos enganeis; Deus não se deixa escarnecer; pois tudo o que o homem semear, isso também ceifará. Porque quem semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas quem semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido.” (Gl 6:7-9)
Eis ai o grande motivo para que procuremos viver em paz uns com os outros exercitando o perdão e o amor fraternal. Não podemos de forma alguma nutrir a raiva, ressentimento ou ódio uns para com os outros, pois se tornará em amargura, ficaremos privados da graça de Deus e ainda poderemos contaminar a muitos.
"Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor, tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem." (Hb 12:14,15)
Tal fato poderá desencadear uma sucessão de outras consequências, inclusive o entristecimento do Espírito Santo de Deus:
“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção. Toda a amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmia e toda a malícia sejam tiradas dentre vós, antes sede uns para com os outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo.” (Ef 4:30-32)
No livro "Alpes Da Fé" o Presbítero Maurício De Souza Lino, fala assim sobre a raiz de amargura:
“Como uma pequena raiz que cresce e se torna uma grande árvore, a amargura surge em nosso coração e obscurece até os nossos relacionamentos cristãos mais profundos. Uma raiz de amargura surge quando permitimos que a decepção se transforme em ressentimento ou quando alimentamos rancores relacionados a mágoas passadas. A amargura traz consigo o ciúme, a dissensão e a imoralidade. Porém, nós podemos impedir que tais sementes de pecado formem raízes, quando damos lugar ao Espírito Santo que nos enche, curando a magoa que causa a amargura.”
Nutrir sentimento negativo para com outrem sem, contudo não liberar perdão pode nos trazer consequências drásticas. Na parábola do Credor incompassivo Jesus observou que, como no caso do servo não misericordioso, o Pai não nos perdoará por nossas infrações se não perdoarmos nossos companheiros:
"Assim vos fará meu Pai celestial, se de coração não perdoardes, cada um a seu irmão." (Mt 18:35)
Por isso disse Jesus:
“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.” (Mt 5:7).
Assim, sempre que possível devemos tomar a iniciativa da reconciliação com nosso próximo:
"Revestí-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também." (Cl 3:12,13)
A essência de uma atitude como o perdão esta justamente em permanecer no amor fraternal. (Hb 13:1). O amor é a característica de um coração que procura manter-se ligado a seu próximo em reconciliação pela fé em Cristo.
“E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.” (Cl 3:14-16)
Somente aquele que sentiu o perdão de Deus em sua vida entende que devemos saber perdoar uns aos outros.
“Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade; Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.” (Cl 3:12,13)


De nosso livro:
Evangelismo e Discipulado: Cuidados no preparo para a obra de Deus 
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